( 20 até 26/ 09) RELEMBRANDO MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO...

Pesquisando sobre alfabetização, fez-se necessário entrar um pouco no assunto: métodos de alfabetização. Então, revisitei antigas postagens e trabalhos realizados onde encontrei um pouco sobre minhas produções a respeito dos métodos Analitícos e Sintéticos que segue abaixo:
(Questões desenvolvidas pela interdisciplina Fundamentos da alfabetização/Eixo 2)
1.O que é o método Analítico?
A leitura é um ato global e ideovisual. O prévio, segundo o método analítico, é o reconhecimento global de palavras ou orações; a análise dos componentes é uma tarefa posterior. Não importa a dificuldade auditiva daquilo que se aprende, já que a leitura é uma tarefa predominantemente visual.
Propõe-se ainda a necessidade de começar com unidades significativas para a criança, daí a denominação ideovisual.
Também conhecido como método “olhar e dizer” começa com unidades
completas de linguagem e mais tarde as divide em partes. Exemplo: as sentenças são divididas em palavras, e as palavras, em sons. Abaixo das gravuras estam os nomes impressos para que os estudantes memorizassem as palavras, sem associá-las a letras e sons. Pode utilizar cartilhas.

2. O que é método Sintético?
O método sintético consiste, fundamentalmente, na correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia. Estabelece a correspondência a partir dos elementos mínimos (que são as letras), em um processo que consiste em ir das partes ao todo. Durante muito tempo se ensinou a pronunciar as letras, estabelecendo-se as regras de sonorização de escrita no seu idioma correspondente. Os métodos alfabéticos mais tradicionais, aceitam essa postura.
Posteriormente, sob a influência da lingüística, desenvolve-se o método fonético, propondo que se comece do oral. A unidade mínima do som da fala é o fonema. Assim, neste processo iniciar-se-ia pelo fonema, associando-o à sua representação gráfica. É preciso que o sujeito seja capaz de isolar e reconhecer os diferentes fonemas de seu idioma, para poder, a seguir, relacioná-los aos sinais gráficos.
A ênfase está na análise auditiva para que os sons sejam separados e estabelecidas as correspondências grafema-fonema (letra-som).
Alguns princípios do método:
pronúncia correta para evitar confusões entre os fonemas;
grafias de formas semelhantes devem ser apresentadas separadamente para evitar confusões visuais entre as elas;
ensinar um par de grafema-fonema de cada vez, sem passar para outro enquanto a associação não estiver bem memorizada;
iniciar com os casos de ortografia regular, isto é, palavras nas quais a grafia coincida com a pronúncia;
Após, reler meus trabalhos e materias posso falar com mais propriedade sobre os métodos que na quando respondi as questões acima, precebendo crescimento na construção e organização de saberes:
A alfabetização é um processo interno, que difere de indivíduo para indivíduo, e que necessita e depende muito de estímulos externos, do ambiente a qual pertence. É um processo difícil, marcado por conflitos cognitivos, que leva a criança a um constante construir e reconstruir de saberes, o qual vai lhe permitir assimilar e acomodar informações e novamente desestabilizar-se, até conseguir dominar o desenvolvimento da leitura e escrita.
São muitos os métodos de alfabetização, os mais utilizados no entanto são os chamados Sintéticos ou Analíticos. “No método Sintético, parte-se de elementos menores que a palavra, letras, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.” (Ferreiro e Teberosky, 1988, p.18) O sintético trabalha com a correspondência de oral e escrito, grafia e som, após, desenvolveu-se o método Fônico onde a proposta é que se parta da fala, dos sons das letras. A unidade mínima de som da fala é o fonema, é preciso reconhecer os fonemas para relacioná-los as letras. Deve-se trabalhar a pronuncia correta das palavras.
“... o processo de aprendizagem da leitura é visto, simplesmente, como uma associação entre respostas sonoras e estímulos gráficos. Este modelo, que é o mais coerente com a teoria associacionista, reproduz, em nível da aprendizagem da escrita, o modelo proposto para interpretar a aquisição da linguagem oral...” (Ferreiro e Teberosky, 1988,p. 20)
No método Analítico parte-se do todo para chegar às partes, a leitura é global, a leitura é visual. O reconhecimento parte do todo das orações, palavras, para posteriormente analisar seus componentes. É necessário começar com unidades significativas para as crianças.
A diferenciação básica entre os métodos é a ênfase no trabalho auditivo ou visual.
Ambos os métodos se tornam falhos, pois mesmo que utilizados de forma mista apresentam discrepâncias.
“O ensino tradicional obrigou as crianças a reaprender a produzir os sons da fala, pensando que, se eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num sistema alfabético. Mas, esta premissa baseia-se em duas suposições, ambas falsas: que uma criança de seis anos não sabe distinguir os fonemas do seu idioma, e que a escrita alfabética é uma transcrição fonética do idioma. A primeira hipótese é falsa, porque, se a criança, no decorrer da aprendizagem da língua oral, não tivesse sido capaz de distinguir oralmente pares de palavras, tais como pau, mau; coisa que, obviamente, sabe fazer. A segunda hipótese também é falsa, em vista do fato de que nenhuma escrita constitui uma transcrição fonética da língua oral.” (Ferreiro e Teberosky, 1988, p.24)

Referência:
Emilia; Teberosk, Ana. A Psicogênese da Língua Escrita. Porto
Alegre: Artes Medicas 1988. 284p.

2 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Daniela:

Ao relembrar sobre os métodos de alfabetização, quais links podem ser estabelecidos com a afetividade?

Grande abraço, Anice.

Portfólio de aprendizagem 164198 disse...

A afetividade está ligada ao desenvolvimento global da criança, que desde pequena busca recursos para se expressar através do choro, grito e assim por diante, evoluindo. O indivíduo responde ao meio em que está inserido e assim desenvolve-se afetiva e cognitivamente.
Quando maior os estímulos afetivos, cognitivos e motores, maior o número de sinapses (movimento de comunicação entre os neurônios) desenvolvidas pelo indivíduo. Quanto maior for às oportunidades de aprendizagem oferecidas para a criança, maior o número de conexões estabelecidas pelos neurônios (sinapses). Desta forma a afetividade possui fator de grande importância porque compreendendo que interfere na aprendizagem da leitura e escrita, maior será o desempenho da criança nesta tarefa. À medida que a criança aprende a ler e escrever está ampliando seu desenvolvimento e esse processo envolve a afetividade e a cognição.