SEMANA 10



(Alunos se organizando para torcer pelo Brasil a copa e pelo Uruguai na gincana da escola)


Última semana de estágio, mas o projeto identidade continuará.
A semana iniciou agitada e festiva com a notícia de que vencemos a gincana da festa junina.
Minha turma venceu as demais turmas da escola, mesmo sendo um segundo ano e competindo com toda a escola e conseguiu vencer...
As crianças ficaram muito felizes com o resultado de seus esforços.
Esta gincana mostrou de forma mais visível, o resultado do trabalho ao longo destas dez semanas, indo de encontro aos objetivos do projeto, como desenvolvimento de autoestima, autonomia, solidariedade, independência, entre outras questões levantadas pelo projeto.
Para alcançarem um objetivo em comum, os alunos se uniram e aprenderam a lidar com as dificuldades e diferenças de cada um, desenvolveram espírito cooperativo e solidário.
Durante essa semana também se iniciou outra gincana na escola, a da copa do mundo.
Cada turma representará um país e a nossa ficou com o Uruguai. Nos preparamos para o desfile de abertura da gincana confeccionando bandeirinhas e pesquisando um pouco sobre o pais. Juntos nos caracterizamos para o desfile. O mesmo ocorreu no dia 15/06, nos caracterizamos para torcermos para o Brasil.
Os alunos estão empolgados com essa segunda gincana e esperam alcançar bons resultados. Conversei com as crianças sobre a importância de se participar, sobre vencer e perder. O prêmio da festa junina era ganhar transporte para um passeio, em conversa com a turma, lembramos que gostaríamos de fazer três passeios ao longo do ano letivo, uma ida ao teatro, que já ocorreu, ir ao cinema e ir a um parque da cidade. Após pesquisar muito havia conversado com as crianças e as outras professoras de A20, que ir ao cinema seria quase impossível pelo auto custo que teria e as condições financeiras das turmas. Agora como ganhamos o transporte e à ida ao cinema se torna mais viável. Mas, esse prêmio é apenas para a turma vencedora...
Eu e meus alunos decidimos dividir o prêmio com as outras turmas de A20, oportunizando a ida de todos ao cinema.
Abordo esse fato, para mais uma vez destacar ações perceptíveis do crescimento das crianças em relação aos objetivos traçados no projeto. Na turma se vê o espírito de solidariedade e cooperação, o maior envolvimento e participação de todos nas atividades propostas. Está se formando uma turma muito mais unida, que busca formas de auxiliar os colegas com dificuldades, que é generosa, solidária. Estou orgulhosa destes resultados.

SEMANA 9

Conhecendo a escola:

Curiosidade em saber o que esta por tras de cada porta...

Confeccionando bandeiras e ornamentando a escola para a festa junina...

Em outra época, estes eram os momentos em que eu já estaria de cabelos em pé!

AS APRENDIZAGENS:
As aprendizagens desta semana dizem muito mais a respeito de minha postura como professora e da percepção de mudanças na minha forma de trabalhar.
Mais uma vez houve a necessidade de adaptar o planejamento as necessidades da escola, pois esta semana seria nossa festa junina e a escola promoveu uma gincana da qual todos deveriam participar.
Como o trabalho com projetos é flexível e adaptável, foi possível integrar o tema ao nosso planejamento semanal.
As aprendizagens da semana se fazem em relação a minha postura como professora frente a antigos hábitos e formas de agir.
Em diversas situações da semana percebi uma mudança de comportamento, de postura profissional minha frente às atividades propostas. Uma dessas situações foi o momento de confecção de bandeirinhas e ornamentação da escola para a festa junina. Em alguns momentos em que eu estaria de cabelos em pé, como algumas colegas relataram terem ficado, eu estava tranquila porque descentralizei a autoridade e autoria da atividade para os próprios alunos mantendo-os envolvidos e responsáveis pelas tarefas a serem feitas.
Na pedagogia de projetos é necessário “ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas” (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22)
Outra situação a ser destacada foi à forma como trabalhei a visitação pela escola. Em anos anteriores eu apenas conduzia as crianças pelos corredores da escola e as mostrava as salas, e mais tarde constatava que eles não conheciam a escola nem suas dependências.
Desta vez trabalhei a visitação antes de fazê-la, partindo de uma história e da comparação entre a história: A escola de Marcelo de Ruth Rocha e a nossa escola. As crianças estavam bastante curiosas durante toda a visitação e fizeram uma “enxurrada” de perguntas, não deixando escapar nenhum cantinho se quer da escola, questionavam todas as dependências escolares, todos os porquês de seus interiores, como por exemplo, o cofre na direção, a sala dos professores ser diferente das salas dos alunos, e duas portas (depósitos) no prédio dos banheiros, que confesso até eu mesma querer saber direito o que tinha em seus interiores.
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino". Paulo Freire
As aprendizagens por parte das crianças é percebida em seus comportamentos, agora mais autônomas e questionadoras e voltadas ao trabalho proposto, porque o resultado deste trabalho esta dependendo muito mais do comprometimento delas próprias o que torno-o muito mais prazeroso a medida que percebem os frutos de seus trabalho.
Observo com a mudança de postura tanto da professora como dos alunos um crescimento e amadurecimento da turma que vai de encontro também a proposta do projeto identidade.
Mas, com todo esse movimento de construção de autonomia, independência e delegação de responsabilidade, percebe-se também que a turma está tendo líderes que se destacam por assumirem as atividades e integrar os demais colegas, a ressalva é que muitas vezes isto é feito de forma autoritária. Acredito que por estarmos em um processo de construção ainda existem muitas arestas e etapas para superarmos.

Referências:

ALMEIDA, F. J. & FONSECA JÚNIOR, F.M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – SEED/ Proinfo – Ministério da Educação, 2000.

http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf%5Cpedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf

SEMANA OITO

Uma das principais características do planejamento é a flexibilidade.
Durante essa semana fiz uso da flexibilidade do meu planejamento para adequar o meu plano semanal a proposta da escola.
Esta semana, em função do feriado, meu tempo com os alunos foi reduzido. (trabalhei com eles apenas três períodos na terça-feira e os acompanhei à Fundação Thiago Gonzaga na quarta-feira e a escola fez feriado ponte na sexta-feira)
O tema proposto para a semana seria “eu e minha casa”. Este tema sofreu alteração em função do passeio oferecido pela escola à fundação Thiago Gonzaga, então o tema tornou-se “eu no caminho para casa”. Trabalhei com os alunos assuntos relativos aos cuidados que devemos ter conosco no caminho para casa, no trânsito, pois muitos alunos utilizam transporte público para chegar à escola, outros “caronas” e muitos vêm a pé, mas a grande maioria vem sozinha para a escola e é notável o comportamento inadequado das crianças e das famílias frente ao trânsito em geral. Ao saírem da escola correm entre os carros, andam pelo meio da rua, não respeitam semáforos, etc. Quanto aos motoristas, deixam carros estacionados em lugares indevidos, obstruem a passagem dos pedestres, superlotam os carros com crianças, entre outros. São realmente bastante tumultuados os horários de saída e chegada na escola.
Durante o trabalho os alunos contribuíram com suas falas e relatos, abordei alguns sinais de trânsito da redondeza da nossa escola.
Na quarta-feira visitamos a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e assistimos à peça: Últimos dias de super herói.
A peça foi de encontro aos cuidados com a vida de que falamos na aula.
Os resultados deste trabalho serão sentidos ao longo do ano letivo onde continuarei abordando o tema, pois ele requer uma mudança e tomada de consciência por parte de toda a comunidade, iniciando com as crianças que serão pequenos multiplicadores da valorização da vida.