SEMANA 9

Conhecendo a escola:

Curiosidade em saber o que esta por tras de cada porta...

Confeccionando bandeiras e ornamentando a escola para a festa junina...

Em outra época, estes eram os momentos em que eu já estaria de cabelos em pé!

AS APRENDIZAGENS:
As aprendizagens desta semana dizem muito mais a respeito de minha postura como professora e da percepção de mudanças na minha forma de trabalhar.
Mais uma vez houve a necessidade de adaptar o planejamento as necessidades da escola, pois esta semana seria nossa festa junina e a escola promoveu uma gincana da qual todos deveriam participar.
Como o trabalho com projetos é flexível e adaptável, foi possível integrar o tema ao nosso planejamento semanal.
As aprendizagens da semana se fazem em relação a minha postura como professora frente a antigos hábitos e formas de agir.
Em diversas situações da semana percebi uma mudança de comportamento, de postura profissional minha frente às atividades propostas. Uma dessas situações foi o momento de confecção de bandeirinhas e ornamentação da escola para a festa junina. Em alguns momentos em que eu estaria de cabelos em pé, como algumas colegas relataram terem ficado, eu estava tranquila porque descentralizei a autoridade e autoria da atividade para os próprios alunos mantendo-os envolvidos e responsáveis pelas tarefas a serem feitas.
Na pedagogia de projetos é necessário “ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas” (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22)
Outra situação a ser destacada foi à forma como trabalhei a visitação pela escola. Em anos anteriores eu apenas conduzia as crianças pelos corredores da escola e as mostrava as salas, e mais tarde constatava que eles não conheciam a escola nem suas dependências.
Desta vez trabalhei a visitação antes de fazê-la, partindo de uma história e da comparação entre a história: A escola de Marcelo de Ruth Rocha e a nossa escola. As crianças estavam bastante curiosas durante toda a visitação e fizeram uma “enxurrada” de perguntas, não deixando escapar nenhum cantinho se quer da escola, questionavam todas as dependências escolares, todos os porquês de seus interiores, como por exemplo, o cofre na direção, a sala dos professores ser diferente das salas dos alunos, e duas portas (depósitos) no prédio dos banheiros, que confesso até eu mesma querer saber direito o que tinha em seus interiores.
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino". Paulo Freire
As aprendizagens por parte das crianças é percebida em seus comportamentos, agora mais autônomas e questionadoras e voltadas ao trabalho proposto, porque o resultado deste trabalho esta dependendo muito mais do comprometimento delas próprias o que torno-o muito mais prazeroso a medida que percebem os frutos de seus trabalho.
Observo com a mudança de postura tanto da professora como dos alunos um crescimento e amadurecimento da turma que vai de encontro também a proposta do projeto identidade.
Mas, com todo esse movimento de construção de autonomia, independência e delegação de responsabilidade, percebe-se também que a turma está tendo líderes que se destacam por assumirem as atividades e integrar os demais colegas, a ressalva é que muitas vezes isto é feito de forma autoritária. Acredito que por estarmos em um processo de construção ainda existem muitas arestas e etapas para superarmos.

Referências:

ALMEIDA, F. J. & FONSECA JÚNIOR, F.M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – SEED/ Proinfo – Ministério da Educação, 2000.

http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf%5Cpedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Daniela!!!

A ordem da atividade modificou-a completamente! Bem importante mesmo primeiro esperar que os alunos se questionassem a respeito dos ambientes escolares. Isto deu, visivelmente, um maior significado à atividade.

Grande abraço, Anice.