FORMAS DE LER, ESCREVER E FALAR ....



A leitura realizada na interdisciplina Linguagens e educação, chama a atenção para uma questão importante no cotidiano escolar, a maneira de falar, escrever e ler. A questão é sobre as formas destas falas, leituras e escritas e suas diferentes maneiras de expressão, que variam de região para região, de época para época e assim por diante. Ao pensar esta questão afirmo que não falamos nem escrevemos da mesmo jeito e que estes processos variam muito de forma mesmo dentro da comunidade. O importante aqui é o exercício de observação, se dar conta que existem diferenças, e entender que a linguagem da escola não é a única e que a escola deve ser espaço para essas diferentes formas de expressão, deixando de lado julgamentos e classificações, pois a forma de falar e escrever sofre alterações constantemente e historicamente.
A escola deve lançar mão destas diferenças e buscar formas de trabalhar a diversidade cultural da sociedade, (pois a escola faz parte dela) e as formas de linguagem presentes em nosso cotidiano. Trazendo-as para a sala de aula, abrindo oportunidade para se perceber as diferentes formas de linguagens, utilizar a forma da Internet, das músicas que escutam, por exemplo, a entre colegas, a de casa, do livro, das lendas, dos filmes, etc... Problematizando o certo e errado e levando o aluno a construir suas aprendizagens.
Em minha sala de aula peço sempre para que os alunos escrevam do seus jeitos, pois tenho um primeiro ano, chamo a atenção deles para as diferentes formas de escrita, comparando muito com a forma do livro. Percebo também certas expressões que não compreendo e peço para a criança me explicar o que elas querem dizer com aquilo, às vezes é bem engraçado, pois são expressões usadas em casa pelos pais ou avós ...
Após a atividade da interdisciplina prestei mais atenção as diferentes formas de meus alunos falarem e observei que muitos utilizavam gírias. Chamei a atenção, aproveitando para pensarmos juntos, na maneira de se expressar nas diferentes esferas da escola e sociedade. Como devemos nos dirigir ao diretor, por exemplo, e a um colega ... Fizemos um teatrinho e eles se divertiram muito... Acredito perceber melhor essas diferenças com alunos maiores, pois escuto muito minhas colegas relatando que eles escrevem como se estivessem no MSN, ORKUT, etc... utilizando abreviações, gírias e uma linguagem própria que é necessário, às vezes um tradutor ... E, que tratam professores e autoridades como se fossem colegas ...

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Daniela: aqui no teu exemplo retratas bem tua empatia e aproximação com os alunos. Quando ficas sabendo de algo utilizado pelos avós ou mãe destes fica mais próxima da realidade deles, nem que seja neste sentido, entende? Achei bem interessante. Outra questão que me fizeste pensar é a função da gíria. Esta é um código entre as tribos, não é mesmo? Abraço, Anice.